segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Introdução ao HTML5


Introdução

Desde 1999, o desenvolvimento da linguagem HTML (HyperText Markup Language) ficou estacionado na versão 4. De lá pra cá, a W3C esteve focada em linguagens como XML (Extensible Markup Language) e SVG (Scalable Vector Graphics - o uso de gráficos vetoriais em navegadores). Enquanto isso, desenvolvedores de navegadores estiveram preocupados em melhorar as funcionalidades destes, como exibir páginas em abas e oferecer integração com leitores de RSS. Recentemente, no entanto, organizações como Mozilla Foundation, Opera e Apple se uniram para atualizar o HTML e implementar novos e interessantes recursos.
Neste artigo, veremos algumas novidades que o HTML5 traz. Para quem está se familiarizando agora com o HTML, sem preocupações: os elementos tradicionais continuam os mesmos, já que o HTML5 foi planejado considerando também compatibilidade com estas funcionalidades.

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Novos elementos

Vários novos elementos foram introduzidos no HTML5, todos com a finalidade de facilitar a compreensão e a manutenção do código. Alguns são uma evolução natural do elemento <div> com foco na semântica; outros surgiram da necessidade de padronizar a maneira de se publicar conteúdo, como acontece hoje com as imagens. Os principais elementos dessa nova versão são:

Elementos de estrutura

 

<header> - cabeçalho da página ou de uma seção (não confundir com a tag <head>);
<section> - cada seção do conteúdo;
<article> - um item do conteúdo dentro da página ou da seção;
<footer> - o rodapé da página ou de uma seção;
<nav> - o conjunto de links que formam a navegação, seja o menu principal do site ou links relacionados ao conteúdo da página;
<aside> - conteúdo relacionado ao artigo (como arquivos e posts relacionados em um blog, por exemplo).


Estrutura de uma p�gina escrita em HTML 5

Elementos de conteúdo 

 

<figure> - usado para associar uma legenda a uma imagem, vídeo, arquivo de áudio, objeto ou iframe:
<figure id="figura01">
      <legend>Figura 1. Esquema de uma página em HTML5</legend>
      <img src="html5.png" border="0" width="200" height="300"
   alt="Estrutura de uma página escrita com os novos elementos do HTML5" />
      </figure>
 
<canvas> - por meio de uma API gráfica, renderiza imagens 2D dinâmicas que poderão ser usadas em jogos, gráficos, etc;

<audio> e <video> - usados para streaming (transmissão pela internet) de áudio e vídeo. É uma tentativa de criar um padrão em todos os navegadores como acontece hoje com as imagens:
 
<audio src="musica.mp3" autoplay="autoplay" loop="20000" /> 
  
    <video src="video.mov" width="400" height="360" /> 
<dialog> - junto com as tags <dt> e <dd> criado para formatar um diálogo:

<dialog> 
        <dt> Michael, you never told me your family knew Johnny Fontane! 
        <dd> Oh sure, you want to meet him?
        <dt> Yeah!
        <dd> You know, my father helped Johnny in his career.
        <dt> Really? How? 
        <dd> ...Let's listen to this song. 
    </dialog> 
<time> - representa data e/ou hora;
<meter> - utilizado para representar medidas, que podem ser de distância, de armazenagem em disco, etc.




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Elementos retirados do HTML5

 

Alguns elementos não existirão mais no HTML5. Alguns foram retirados porque sua função é puramente visual e devem ser substituídos por uma declaração no CSS (Cascading Style Sheets), como: <basefont>, <big>, <center>, <font>, <s>, <strike>, <tt> e <u>. Outros foram retirados porque afetam negativamente a acessibilidade do site: <frame>, <frameset> e <noframes>.
Apesar de serem considerados antigos, <b> e <i> ainda serão reconhecidos e renderizados para fins de formatação, mas devem ser substituídos sempre que possível pelos elementos <strong> e <em>, respectivamente.
Também foram retirados alguns atributos, seja porque caíram em desuso ou porque podem ser substituídos semanticamente por declarações no CSS para definir o visual dos elementos. Os principais atributos retirados são:
  • target no elemento <a>;
  • align nos elementos <table> e demais tags de tabelas, <iframe>, <img>, <input>, <hr>, <div>, <p>, entre outros;
  • background em <body>;
  • bgcolor nos elementos de tabela e no <body>;
  • border em <table> e <object>;
  • cellpadding e cellspacing em <table>;
  • height em <td> e <th>;
  • width nos elementos <hr>, <table>, <td>, <th> e <pre>;
  • hspace e vspace em <img> e <object>;
  • noshade e size em <hr>.

Doctype

Com o HTML5 usaremos apenas uma declaração doctype:
    <!DOCTYPE html> 
Além de única, ela é curta e fácil de lembrar - hoje em dia praticamente todos os desenvolvedores copiam e colam o longo e complicado doctype de algum lugar na hora de começar um novo documento HTML.


Transição do XHTML

A semelhança entre o HTML5 e seus antecessores, HTML 4.01 e XHTML 1.0, é muito grande. Quem está familiarizado com as versões anteriores não sentirá nenhuma dificuldade na transição, e para quem ainda vai aprender a linguagem, os novos elementos deixarão o processo mais simples.
A sintaxe dos elementos é como no HTML 4.01, que não exigia que elementos como <img> e <input> fossem "fechados":

    <input type="text" id="nome"> 

Porém, para aqueles que estão migrando do XHTML, a barra que fecha um elemento continuará sendo aceita:
 
 <input type="text" id="nome" /> 
 

Logotipo HTML5

 

Em janeiro de 2011 o HTML5 ganhou um logotipo, junto com símbolos gráficos que mostram para o visitante quais recursos estão sendo utilizados naquele site, como CSS3 e multimídia. Segundo o site oficial da W3C, o logotipo é "forte e confiável, universal como a linguagem de marcação que você escreve".


Logotipo do HTML 5

É hora de usar o HTML5?

 

Atualmente, praticamente todos os navegadores mais utilizados do mercado oferecem suporte à maior parte dos elementos do HTML5. No entanto, alguns desenvolvedores defendem a ideia de esperar um pouco mais para que esta nova especificação comece a ser utilizada pra valer, afinal, muitos acessos a sites ainda são feitos com versões de browsers que não trabalham com HTML5.
Outros acreditam que toda nova tecnologia deve ser colocada em prática o quanto antes, e já começaram a utilizar o HTML5 junto com scripts que fazem os navegadores mais antigos reconhecerem as novas tags (como, por exemplo, este script do desenvolvedor Remy Sharp).
A resistência sempre vai existir (infelizmente, hoje ainda encontramos sites diagramados com <table> como se estivéssemos em 1990!). A versão 6 do Internet Explorer, por exemplo, permaneceu em uso durante mais de uma década e precisou da ação de grandes companhias como o Google, que deixou de dar suporte a esta edição para tentar diminuir a quantidade de usuários com um navegador incrivelmente antigo. Não é por menos que muitos desenvolvedores se preocupam em criar páginas que funcionam em navegadores atuais e também nos mais antigos, afinal, ninguém quer perder visitantes.
Por esta razão, o jeito mais fácil de tomar a decisão sobre migrar ou não para o HTML5 é estudando o público-alvo do site para saber quais os navegadores mais utilizados por ele, e pensar se o tempo gasto com a adaptação para browsers antigos valerá a pena. Talvez seja mais interessante, por exemplo, redesenhar seu blog pessoal em HTML5, mas manter o portfólio em XHTML. Cada caso é um caso e planejamento, como em qualquer projeto, é essencial.

Decididamente, o HTML5 inaugura uma nova era no desenvolvimento de páginas para a internet, onde a mobilidade do usuário é a palavra-chave. Mudanças foram implementadas a partir das necessidades dos desenvolvedores, baseadas em erros e acertos. A partir de agora, teremos aplicações Web mais ricas e com maior integração entre conteúdo on-line e off-line.
Para informações técnicas mais detalhadas sobre o HTML5, consulte a documentação oficial do W3C e a listagem de diferenças entre o HTML5 e sua versão anterior.

Fonte: Infowester

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